Tal como no dia 15, amanhã, 20 de junho, milhares de provas ficarão por fazer, confirmando que, enquanto os problemas se arrastarem, a luta dos professores continuará
Amanhã, 20 de junho, realiza-se nova prova de aferição no 1.º Ciclo do Ensino Básico à qual os professores voltarão a fazer greve. Esta greve não terá serviços mínimos, pelo que nenhum docente estará impedido de aderir. No passado dia 15, calcula-se que a prova não se tenha realizado em mais de seiscentas escolas, tendo em conta que houve um número significativo de agrupamentos em que a prova não se realizou em todas as suas escolas e muitos outros em que apenas se realizou em algumas.
A adesão organizada dos professores a estas greves resulta da sua indignação face à forma como têm sido tratados - sem respeito pela sua carreira, estabilidade e condições de trabalho - por parte do Ministério da Educação, tratamento que é sentido, de forma agravada, pelos docentes que exercem atividade em regime de monodocência. Este sentimento decorre do facto de a tutela, aparentemente, reconhecendo a necessidade de serem tomadas medidas relativas ao seu horário de trabalho, nada fazer, para além de, neste final de ano letivo, continuar a estender o ano letivo para além de 14 de junho, como se o conteúdo funcional da profissão docente, no 1.º Ciclo (e na Educação Pré-Escolar), incluísse funções de guarda e de ocupação de um tempo que, tal como nos outros graus e níveis de ensino, já deveria ser de interrupção letiva e outro tipo de trabalho nas escolas.
Dia 20 de junho, amanhã, os professores irão, mais uma vez, confirmar que a sua luta vai continuar enquanto não forem tratados com o respeito que lhes é devido e, entre outros motivos que têm sido amplamente divulgados, lhes continuar a ser roubado tempo de serviço que cumpriram a trabalhar.
Lisboa, 19 de junho de 2021
As Organizações Sindicais de Docentes
ASPL FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU
